domingo, 5 de outubro de 2008

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Tornar o Brasil independente de Portugal era um sonho antigo de muitos brasileiros. Os que tinham esse sonho eram os que participaram da inconfidência mineira (1789), os conjurados baianos (1798), os pernambucanos de 1817 e participantes de rebeliões que ocorreram na época em que o Brasil ainda era colônia de Portugal.
A independência foi realizada por pessoas que já estavam no poder. O príncipe D.Pedro e os grandes proprietários rurais do RJ, SP, e de Minas Gerais formavam as lideranças brasileiras que dirigiram o processo de independência.
Com a vinda da família real para o Brasil em 1808, as várias medidas tomadas nos anos seguintes, embora proporcionando um surto de desenvolvimento à colônia, tornara-se economicamente dependente da Inglaterra.
Na época que D.Pedro I proclamou a independência do Brasil em 1822 o Brasil ainda carregava muita característica colonial. O maior interesse a partir da independência seria, manter a estrutura de dominação socioeconômica brasileira, baseada no trabalho escravo e na agricultura de exportação de gêneros tropicais e também, preservar o controle político sobre todo o território nacional.
A independência foi promovida pela ação política de homens ricos e influentes que queriam continuar explorando o trabalho dos escravos negros e lucrando com a agricultura.
A participação do povo não existiu, visto que ele ficou de fora bestializado olhando o que as elites decidiam sem participação alguma.
A independência do Brasil na verdade foi um acordo entre os grupos dominantes, que pretendiam que o Brasil, embora independente, continuasse mantendo a mesma estrutura dos nossos tempos de colônia. O poder foi assumido, adotando a monarquia constitucional como forma de governo capaz de defender o latifúndio.
O primeiro país a reconhecer a nossa independência foi os Estados Unidos em 1824, de acordo com a doutrina Monroe que possuía o lema “América para os americanos” do presidente James Monroe 5º presidente dos E.U.A. o objetivo desse presidente América para os americanos, o qual mostrava sua disposição de qualquer agressão por parte de Santa Aliança. Com isso, eles esperavam obter controle político sobre a região, já que a Europa tinha sua economia paralisada depois das guerras Napoleônicas em 1815.
Portugal não queria reconhecer a independência brasileira. Mas com a ajuda da Inglaterra ambos os países entram em acordo: Portugal reconheceria a independência e retorna de uma indenização de dois milhões de libras esterlinas (moeda inglesa) a ser paga pelo Brasil. Com tudo isso seria concedido a D.João VI o título honorário de Imperador do Brasil, ocorrido em 1825.
O erro do Brasil começa em 1822 quando: para pagar a indenização exigida pelos portugueses, o governo brasileiro pediu um empréstimo a Inglaterra. Assim, o Brasil aumentava a dívida externa e a Inglaterra obtinha lucros sobre as negociações.
Os portugueses reconheceram a independência do Brasil em seguida foi a vez da Inglaterra e demais países, mas o interessante desse reconhecimento é que nas negociações os países obtinham vantagens econômicas sobre o Brasil.
A Inglaterra exigiu que o Brasil encerrasse com o tráfico negreiro, que prejudicava os interesses industriais ingleses. Sendo em 1831 decretados livres os escravos africanos somente no papel. A Inglaterra também exigia redução de impostos para 15% sendo os outros países 24%, mas não parou por aí, as demais nações também exigiram a redução de impostos como: França, Áustria, Bélgica, Dinamarca, sendo assim o Brasil se liberta de Portugal, mas passou a ser dominado pelas potências industriais européias.
Agora uma grande facilidade de importações e os produtos inundaram o mercado brasileiro entre eles: sapatos, roupas, bebidas, alimentos, louças, charutos, guarda-chuva, ferramentas, caixões de defuntos entre outros. Aos poucos indústrias brasileiras que iam surgindo não conseguiam concorrer com os produtos europeus.
Era chic consumir os produtos importados, além do preço, e da moda.
Realizada a independência, era necessário organizar o nosso Estado, fazer leis, arrumar a casa por meio de uma constituição.
Constituição é a lei máxima e fundamental do estado. É a lei mais importante de uma nação, por isso é conhecida como Lei Suprema, Lei Maior, Carta Magna, Lei das Leis, Lei fundamental. Na constituição estão as normas básicas que constituam a estrutura jurídica, política, social e econômica do estado.
A assembléia constituinte fundada em 1823, brasileira tinha um objetivo de leis que fosse ao encontro dos interesses da aristocracia agrária. Dela participaram militares, padres, médicos, profissionais liberais e advogados.
No dia 03 de junho de 1822 Brasil governado pelo príncipe regente D.Pedro I, foi convocada uma assembléia para elaborar a primeira constituinte brasileira.
O projeto da Constituinte de 1823 possuía três objetivos:
· Anticolonialismo => oposição portuguesa que ainda começa a independência brasileira e desejavam a recolonização do país.
· Antiabsolutismo => preocupação de limitar e reduzir os poderes do imperador e valorizar e ampliar os poderes do legislativo.
· Classimo: intenção de reservar o poder político para a classe dos grandes proprietários rurais.
Começou-se muito mal a história de país independente, D.Pedro I ficou bastante irritado com a constituição que limitava e diminuía seus poderes. Com apoio das tropas imperiais decretou o fim da assembléia em 12 de novembro 1823. Os deputados que se opuseram a esse ato foram presos e expulsos do país. Entre os opostos a D.Pedro estava José Bonifácio político mais influente do império e seus irmãos Antonio Carlos e Martim Francisco.
D.Pedro I queria o poder absoluto da nação e era apoiado pelos que queriam restabelecer laços com o antigo Portugal.
Em 1824 (25 de março) vem a tona a constituição outorgada, ou seja, D.Pedro que impôs que fosse reescrita uma nova Constituição no prazo de quarenta dias, para acalmar os ânimos dos adversários e algo que o favorece-se. Essa é a 1ª Constituição aprovada por D.Pedro I.
· Nasce a organização de poder, ou seja, judiciário (juízes e tribunais);
· Poder Legislativo (senadores e deputados encarregados de elaborar as leis do império);
· Poder executivo (exercido pelo imperador);
· Poder moderador (mestre da organização política, acima dos demais poderes);
· Outra característica da constituinte era o voto censitário;
· O direito eleitoral dependia da renda em dinheiro do cidadão;
· Vinculação da igreja ao estado => o catolicismo foi decretado religião oficial do Brasil, pelo regime de padroado, que submetia a igreja ao controle político do imperador.


A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR

A confederação aconteceu como uma resposta mais enérgica dos liberais as atitudes autoritárias de D.Pedro I, mandos e desmandos explodiu assim o Nordeste, em julho de 1824, liderada pela Província de Pernambuco. O Nordeste nesse momento estava descontente como em todas as camadas sociais, uma forte queda nas exportações de açúcar, a população pobre vivia em miséria. O povo descontente estourou quando D.Pedro I nomeou novo presidente para Pernambuco, contrariando as forças políticas locais. Os revoltosos queriam formas a confederação do Equador, que seria um novo estado, reunindo as províncias do Nordeste sob o regime republicano e federalista. Essa revolta além de Pernambuco, expande para o Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas. O movimento defendia a extinção do escravo e mais igualdade social para a maioria do povo.
A elite recuou desse movimento e ele enfraqueceu; D.Pedro I atacou a confederação por terra e mar e enfim derrotados entre eles estava Frei Caneca e Manuel Pais de Andrade presos e condenados à morte.
“D. Pedro I usava de brutal violência contra aqueles que lutavam por um país mais livre e justo”.

A SUCESSÃO DO TRONO EM PORTUGAL

D.Pedro era o filho mais velho de D.João VI, com a morte do pai em 1826, ele se tornou o legítimo herdeiro do trono português. Mas os brasileiros não queriam de modo algum que D.Pedro fosse imperador do Brasil e ao mesmo tempo de Portugal. Por isso ele renunciou seu direito ao trono Português, em favor de sua filha D.Maria da Glória, mas como ela era de menor de idade, o trono ficou sobre regência de D.Miguel, irmão de D.Pedro. Mas D.Miguel, em 1828 deu um golpe de estado e se proclamou rei de Portugal. D.Pedro I revoltou-se e tenta a todo modo rebuscar o trono da filha, deixando os brasileiros furiosos pela atenção voltada ao caso.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Queridos alunos...

Daew rapaziada! Tudo beleza?? Professor gente boa esse que passa um trabalho desses pra vocês, não é??? kkkkkkkkkkkkk
Como orientação digo o seguinte: Façam todas as atividades, estudem bastante a partir desse roteiro de estudos. A prova será baseada nessa atividade. Espero que todos entreguem a atividade, pois além de ser um roteiro de estudos, vale nota de trabalho.

Quem não tem internet, vá até a biblioteca e peça para a Tchuca imprimir. Estamos na era digital!!! Outra opção é pedir para um colega imprimir.
Dica: Passem para o word antes de imprimir...

Abraço.

Atividades de estudo para a Prova. Entregar quinta-feira 07/08/08

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: Em meados do século XVIII, teve início na Inglaterra a Revolução Industrial, que consistiu num conjunto de mudanças tecnológicas profundas na economia, prolongando-se pelo século XIX. A máquina foi suplantando o trabalho humano e uma nova relação entre o trabalho e capital se impôs.
O grande desenvolvimento da indústria provocou profundas transformações na vida do homem, nas relações entre nações e na estrutura das sociedades.
Muitas cidades surgiram com a indústria. Nelas, as fábricas concentravam centenas de trabalhadores, que vendiam sua força de trabalho em troca de um salário. Os operários viviam em condições miseráveis. Homens, mulheres e até crianças iniciavam a jornada diária muito cedo e trabalhavam de 14 a 16 horas por dia. Dentro das fábricas havia muita umidade e poeira, e o barulho era ensurdecedor. Mulheres e crianças, trabalhavam o mesmo número de horas e recebiam um salário bem mais baixo que o dos homens.
As condições subumanas em que vivia o trabalhador lavavam-no a contrair muitas doenças: tuberculose, varizes, úlceras, problemas de coluna etc... Em razão principalmente do cansaço excessivo, ocorriam muitos acidentes de trabalho, que provocavam multilações ou mortes. Os trabalhadores que sofriam acidentes eram sumariamente demitidos e não havia nenhuma lei que os protegesse.
As condições de trabalho e os abusos que sofriam, levaram os trabalhadores a lutar pela conquista de seus direitos.
A INGLATERRA E A PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: O primeiro país a ter condições favoráveis de investir na utilização da máquina foi a Inglaterra. Por isso, liderou a primeira Revolução Industrial. Dentre essas condições, podem-se citar: acúmulo de capitais provenientes da expansão marítimo- comercial e da política mercantilista adotada pela Inglaterra; supremacia marítima; reservas minerais (havia abundância de jazidas de carvão e de ferro no solo inglês; produção capitalista da terra (o acúmulo de capitais viabilizou os investimentos na área rural; ampliação dos empréstimos a juros (com a criação do Banco da Inglaterra, em 1694; crescimento populacional e grande êxido rural, possibilitando grande oferta de trabalhadores; Revolução Gloriosa (que transformou o Parlamento britânico num efetivo órgão dirigente do Estado).
Todos esses elementos foram decisivos para a industrialização inglesa. Apareceram invenções que revolucionaram a indústria. O grande consumo de tecidos de lã e algodão estimulou a criação da máquina de fiar(Arkwright), do tear mecânico(Cartwright), do descaroçador de algodão(Eli Whitney), e deu origem às primeiras fábricas inglesas de fiação e tecelagem. Outras invenções fizeram parte da Revolução Industrial inglesa, dentre elas: a máquina à vapor(James Watt), a locomotiva à vapor(George Stephenson) e o barco à vapor(Robert Fulton).
A SOCIEDADE INDUSTRIAL: A Produção em larga escala, mediante a utilização de meios mecânicos, exigiu a concentração de trabalhadores em grandes unidades de produção, as fábricas, onde eles realizavam um trabalho dirigido e em conjunto. Na fábrica, consagrou-se e aperfeiçoou-se o princípio da divisão do trabalho: cada trabalhador realizava apenas uma parte do processo de produção, na qual se especializava.
O sistema fabril arruinou a pequena oficina artesanal, tão característica do modo de produção feudal. A maioria dessas oficinas, onde o operário fazia seu trabalho manual com as próprias ferramentas e com horário e ritmo de trabalho que ele mesmo determinava, não puderam agüentar a concorrência imposta pelos novos métodos fabris. Os artesãos viram-se obrigados a abandonar suas oficinas e a procurar trabalho nas fábricas, convertendo-se em operários assalariados.
Com a Revolução Industrial, dois grupos sociais se definiram: a burguesia industrial e o operariado, também chamado de proletariado.
A EXPANSÃO INDUSTRIAL: A SEGUNDA FASE DA INDÚSTRIA: Por volta de 1830, a França e a Bélgica iniciaram a sua industrialização, utilizando o vapor como principal fonte energética e o ferro como material industrial básico. Esses dois países e a Inglaterra estavam centrados na Indústria Têxtil.
Após 1860, a indústria instalou-se em outras regiões, como os Estados Alemães, o norte da Itália, a Rússia, os Estados Unidos, o Japão e a Holanda. A partir dessa época, começaram a ocorrer grandes inovações técnicas. O aço e os sintéticos foram utilizados como material industrial básico e as principais fontes de energia eram a eletricidade e o petróleo. Os setores industriais também se multiplicaram com o surgimento das indústrias siderúrgica, petroquímica, eletroeletrônica e automobilística.
No século XIX, o petróleo e a eletricidade substituíram o vapor, enquanto o aço substituiu o ferro. A indústria siderúrgica suplantou o setor têxtil.
A CONSOLIDAÇÃO DO CAPITALISMO: A ideologia burguesa, o liberalismo, fortaleceu-se e foi responsável por reformas que tiraram a economia do controle do Estado. O sistema econômico capitalista consolidou-se. Esse sistema caracterizava-se pelo acúmulo de capital, propriedade privada, obtenção de lucro e trabalho assalariado.
A concentração de capital estimulou a livre concorrência das empresas capitalistas. As mais ricas foram absorvendo as mais fracas. Os grandes grupos financeiros aliaram-se para monopolizar o mercado consumidor.
A concentração de capitais nas mãos da burguesia, acentuou a exploração do operariado urbano. Com a Segunda fase da Revolução Industrial, ocorreu progressiva diminuição da jornada de trabalho, bem como a regulamentação do trabalho feminino e infantil. Nesse período, os trabalhadores começaram a se organizar em sindicatos e surgiu a primeira Organização Internacional dos Trabalhadores, com o objetivo de unificar a luta operária.
ATIVIDADES

1. O que foi a Revolução Industrial?

2. O grande desenvolvimento da indústria provocou profundas ______________ na vida do homem, nas relações entre as ____________ e na estrutura das _____________. Muitas _______________ surgiram com a indústria. Nelas, as fábricas concentravam centenas de trabalhadores, que vendiam sua ___________________ em troca de um ________________.

3. Como passaram a viver os operários a partir da Revolução Industrial?

4. Como os trabalhadores reagiram às péssimas condições de trabalho no começo da Revolução Industrial?

5. Assinale a alternativa que NÃO pode ser considerada um fator para a Revolução Industrial ter-se iniciado na Inglaterra:
a) Acúmulo de capitais com a expansão marítimo-comercial e a política mercantilista. ( )
b) Abundância de jazidas de carvão e de ferro no solo inglês. ( )
c) Decadência da área rural e perda de capitais dos proprietários de terras. ( )
d) Ascensão da burguesia ao poder com a Revolução Gloriosa.
6. Explique como surgiu a fábrica e como se organizou o trabalho dentro dela.

7. Quais os países que se industrializaram após a Inglaterra, no século XIX?

8. Quais as inovações que se destacaram na indústria a partir do século XIX?

9. Qual foi a ideologia da burguesia industrial?

10. O que caracteriza o sistema econômico do capitalismo?

11. O que mudou para os trabalhadores na Segunda fase da Revolução Industrial?
12. Em que ano, aproximadamente, aconteceu a Revolução Industrial?

13. Em que país aconteceu a Revolução Industrial?

14. Responda:
a) Como passaram a viver os operários a partir da Revolução Industrial?
b) De onde vinham essas pessoas?
c) Onde passavam a morar e a quem pertencia o lugar onde moravam?
d) Como eram as casas?
e) Quantas horas por dia os operários trabalhavam durante o período da eclosão da Revolução Industrial?
f) Mulheres e crianças também trabalhavam?
g) As crianças, geralmente, freqüentavam a escola?
h) Que doenças eram comuns aos operários?
i) A sociedade que nasceu da industrialização dividiu-se basicamente em duas classes sociais. Quais são essas classes? ____________________ e _______________________
j) Nas cidades, o que importava mais: o tempo da natureza ou o tempo do relógio?
k) Naquela época, os trabalhadores possuíam direitos trabalhistas (como: carteira assinada, fundo de garantia, aposentadoria...)?